Certamente você já ouviu diversas informações sobre o manejo de galinhas. Porém, é possível que muitas desses dados tenham sido repassados de maneira incorreta ou incompleta. Muitos criadores desconhecem, por exemplo, os prejuízos que uma infestação de ectoparasitas, ou como é popularmente conhecido piolho de galinha podem causar na saúde e na performance de aves reprodutoras e poedeiras.
Pensando nisso, nós decidimos redigir este post informativo para vocês! Ao decorrer deste artigo, nós falaremos sobre o principal ectoparasita de galinhas, o ácaro D. gallinae, mais conhecido como “piolho de galinha”. Venha conosco e veja mais a seguir!
O que é um ectoparasita?
Ectoparasitas se caracterizam por serem organismos que parasitam a superfície corporal de outros animais, dependendo de um hospedeiro para a obtenção de alimentos, para a sua sobrevivência e para a reprodução. Esses parasitos prejudicam fortemente a nutrição e o desempenho dos seus hospedeiros, além de serem capazes de transmitir outros micro-organismos aos animais parasitados.

Estudos apontam que a infestação por ectoparasitas em galinhas é mais recorrente naquelas que vivem em confinamento. Isso se explica pelo modo de criação dessas aves, que, sem contato direto com o sol e o solo, não desenvolvem tantos mecanismos de defesa contra esses ácaros. Logo, conhecer os ectoparasitas que infestam as galinhas é de extrema relevância para um manejo adequado dessas aves.
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Tipos de ectoparasitas
De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), existem algumas espécies predominantes de ectoparasitas de galinhas. São elas:
- Dermanyssus gallinae: ácaro que se alimenta de sangue; é conhecido popularmente como “vermelhinho”, “pichilinga” e “piolhinho de galinha;
- Ornithonyssus sp: ácaro que se alimenta de sangue; é conhecido popularmente como “ácaro de pena”;
- Megninia sp: ácaro que parasita as penas das galinhas, mas não se alimenta do sangue delas;
- Menopon gallinae e Menacanthus sp: ácaros conhecidos popularmente como “piolho de galinha”; são parasitos mastigadores, ou seja, que se alimentam das descamações das penas e da pele; os ovos desse parasito são depositados nas bases das penas das aves, e dependendo do grau de infestação, o ácaro pode levar o animal a óbito.
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Prevenção do Piolho de Galinha
A prevenção mais efetiva contra o piolho de galinha é evitar o contato de animais sadios com animais infectados. Portanto, é imprescindível que os criadores restrinjam o acesso ao aviário, evitando o contato das galinhas sadias com aves silvestres ou com galinhas infestadas.
Além disso, outras práticas podem impedir ou controlar possíveis infestações, que são: detectar os focos de infestação no início; adotar normas de biossegurança; impedir o transporte de ácaros em roupas e sapatos de funcionários e visitantes; controlar o fluxo de pessoas estranhas; impedir o fluxo livre de funcionários atuantes em áreas infestadas.
O controle de infestações instauradas pode ser feito a partir da utilização de produtos químicos, que devem ser aplicados de acordo com o tipo de ectoparasita e de acordo com o grau de infestação.
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Sinais Clínicos do Piolho de Galinha
Além de adotar as medidas citadas anteriormente, é importante que os criadores se atentem a possíveis sinais clínicos de uma contaminação por ectoparasitas. Os principais indícios de uma infestação causada pelo piolho de galinha são:
- Feridas na pele: A mordida do ácaro ocasiona ferimentos e vermelhidão na pele da ave, logo, é importante que os criadores tenham atenção à pele abaixo das penas;
- Fraqueza: A perda de sangue e a perda de apetite costumam deixar o animal apático e fraco;
- Pouco ou falta de apetite: Como a infestação deixa as aves apáticas, elas costumam perder o apetite;
- Irritabilidade: Como a infestação é bastante incômoda, os animais costumam ficar irrequietos, tentando amenizar a coceira e a dor ocasionada pelas mordidas dos parasitos.
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Remédios Caseiros para o Piolho de Galinha
Existem alguns remédios caseiros para infestações menos graves do piolho de galinha.
O fumo de corda é um dos produtos úteis para o controle desse ácaro. Para utilizá-lo, o criador deverá seguir o passo a passo a seguir:
- Misture um litro de álcool comum com 100 gramas de fumo de corda, e deixe essa mistura descansar durante três dias (cortar o fumo de corda em pequenas porções fará a mistura ficar mais eficiente);
- Após os três dias, remova o fumo e adicione três litros de água à mistura;
- Coloque a mistura em um borrifador e a borrife em todo o galinheiro.
Outra forma natural de combater esse ectoparasita é a partir da utilização de ervas para a erradicação do ácaro. Uma das ervas eficazes para esse fim é o eucalipto. Para utilizá-lo, siga o passo a passo descrito a seguir.
- Ferva 250 ml (uma xícara) de água;
- Após a água levantar fervura (ou seja, quando se formarem bolhas na superfície da água), adicione cinco folhas de eucalipto;
- Espere a mistura esfriar, coloque-a em um borrifador e a borrife por todo o galinheiro.
Vale ressaltar que infusões de outras ervas, como salsa, boldo e lavanda, também são úteis na eliminação do piolho de galinha, podendo ser utilizadas para esse fim assim como o eucalipto.